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Montaria

O bate-papo iniciou destacando a importância das montarias organizadas em Buerarema e reverenciando nomes importantes nessa construção, como Daniel cavaiadeiro, Crispim da farmácia, Márcia Teles, Raimundo tropeiro (meurimão), Simões, Seu Hortêncio e Luís Nunes.
 

Para falar sobre o nascimento da Associação dos Cavaleiros Organizados de Buerarema (ACOB), Crispiniano, conhecido como Crispim da farmácia, relembra que as pessoas mencionadas costumavam se reunir aos domingos, e em um destes, levantaram a ideia de iniciar uma montaria de largo. Ele aparece na entrevista trajando uma camisa da ACOB e a do ano anterior está pendurada no cenário atrás dele. Ele não sabe mencionar a idade exata da associação, mas indica que existe há pelo menos 28 anos, pois esta é a idade da primeira montaria, que só ocorreu após a organização do grupo.
 

Destacou o papel de Simões que encabeçou o projeto durante longo tempo e após sua contribuição, Crispim e outros montaram uma comissão para dar continuidade ao projeto. Contou com Alan Mendes, Lourinho, que são os principais hoje. Afirma que o município é o maior incentivador da atividade,mas quem faz permanecer a ideia viva são os montadores. Ele afirma que existem outras associações, mas não sabe quantificar.

Ele confirma que os filhos e netos estão encaminhados nessa afinidade com a montaria. “Buerarema é a terra do esporte de montaria. É um esporte sadio e que integra as famílias”, explana orgulhoso.

Márcia Teles é a grande incentivadora e é o nome da mulher que representa a montaria em Buerarema. Perguntada sobre conciliar o papel de mãe, esposa e comerciante com a montaria, ela afirma que parte da paixão.

O grupo organizava diversas festas no Líder Social e na Madinsa (hoje CEPLAC). A partir da arrecadação com estes eventos que realizavam as montarias e o remanescente era doado, indicando também oviés filantrópico da associação.
 

Questionada sobre o hábito que os organizadores tem de montar nas segundas-feiras, ela explica que o domingo da montaria é muito cansativo para os realizadores, sobretudo nos anos iniciais, em que havia ornamentação do espaço e realização de churrasco. No dia seguinte, como todos estavam descansados e os animais estavam preparados e chapeados (com ferraduras) a diretoria curtia com tranquilidade.

Ao fim da entrevista, ela exibe uma faixa com a qual foi homenageada, escrita "ETERNA AMAZONA", momento em que é abraçadapor seu esposo, Ivo Teles. Agradece o apoio dele e de todos com os quais teve a oportunidade de conviver nessa jornada.
 

Márcia se emociona com o reconhecimento e afirma que permanece viva a sua paixão por cavalos. Agradeceu às mulheres, que junto a ela, romperam as barreiras espaço predominantemente masculino, embora muito respeitador. Lembra de algumas companheiras, como Ivanete Rosário, Dona Dete, Marly e Dona Valdite.

FOTO RAFAEL VILA MAUCO.jpeg

Rafael Guirra

24 anos, tem Buerarema como sua terra-mãe. Graduando em Direito pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), é ator amador, agente cultural integrante da Casa de Cultura Jonas e Pilar e atual presidente do Instituo Macuco Jequitibá (2018 - atual)

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